Ainda tô aqui mesmo quando viver parece demais

Tem dias que a gente acorda e pensa: “pra quê tudo isso?”

A cabeça cheia, o coração apertado, a vontade de sumir.

Eu sei bem como é… porque eu tô lutando com isso também.

Luto contra a depressão. Tem hora que a vontade de não existir fala mais alto do que tudo. Não é drama, não é frescura. É um cansaço da alma que ninguém vê. É um silêncio gritando dentro da gente. E mesmo assim, mesmo com tudo isso… eu ainda tô aqui.

E talvez você também esteja assim: lutando em silêncio.

Se tiver, deixa eu te dizer uma coisa do fundo do peito: você não tá só, viu?

Eu já pensei que o mundo ia seguir igual sem mim. Já me senti como se não tivesse mais jeito. Mas mesmo naqueles dias mais escuros, tinha um pedacinho de mim bem lá no fundo que ainda queria continuar. Mesmo sem saber pra quê. Mesmo sem força. Só por teimosia mesmo.

E isso já é força. Já é resistência. Já é você dizendo, mesmo que baixinho: “eu tô tentando”.

Não precisa tá sorrindo o tempo todo, nem forte o tempo todo. Ninguém é.

Tem dia que levantar da cama é um passo gigante.

Tem dia que a maior vitória é só respirar fundo e continuar.

Minha história não é bonita de contar, não. Cresci sem meus pais por perto. Carrego umas dores que às vezes nem eu entendo direito. Mas uma coisa eu aprendi: não adianta esconder ou fingir que tá tudo bem quando não tá. A gente precisa se acolher. Se abraçar. Falar a verdade, nem que seja só pra gente mesma.

É difícil desabafar, né? Eu te entendo.

Tem uma coisa que eu queria muito que alguém tivesse me dito antes:

“Camila, você é importante mesmo com tudo isso aí dentro. Você merece cuidado mesmo quando não consegue levantar da cama. Você não precisa provar nada pra existir.”

Então agora eu tô dizendo isso pra você. Do meu jeitinho, do meu lugarzinho aqui no mundo. Porque se você tá lendo esse texto, é porque ainda tá tentando. E isso já é motivo pra eu te admirar.

Você não precisa ter todas as respostas. Só precisa continuar. Um passo de cada vez. Um dia de cada vez.